Ou ainda,
Mas, por que então essa sensação de algo que não podemos controlar que paira no ar?
Como avaliados, queremos mostrar o melhor de nós, da nossa capacidade, do nosso potencial – mesmo que naquele momento, o melhor de nós seja muito pouco frente o que o outro espera. A falha está no blog que não oferece recursos, na falta de tempo, no professor que não explicou direito o que era para fazer, nas justificativas que fogem aos critérios consensados do início da proposta, nunca nas nossas impossibilidades.
Ao falar da subjetividade, quero a partir dessa vivência, dar realce aos aspectos afetivos-emocionais presentes na avaliação.
e quanto ao que escapa totalmente das ferramentas e estratégias de avaliação?
Gostaria de refletir sobre o que foi posto, pois envolve a temática de todos os blogs do grupo.
O que pode escapar a avaliação?
O que as ferramentas avaliativas não dão conta?
Como avaliador, preciso considerar o que escapa?
Refleti muito e cheguei a conclusão de que "o que me escapa é o que não me é sensível aos olhos".
É duro fazer auto-crítica. É desconfortável olhar para nossas falhas. Dessa idéia demanda os títulos desse texto. Uma pequena ação é muitas vezes, muito mais significativa do que as intenções que demonstramos. O par avaliativo se encontra na intersubjetividade dos mesmos. Não há avaliador, nem avaliando, mas um sistema observante.
Muitas vezes as portas para o diálogo estão abertas, mas não nos permitimos passar por ela. Não aceitamos a aproximação do outro. Não nos mostramos para ele. E, assim, mesmo com todo o cenário preparado, o ator não entra em cena e a avaliação vira um monólogo ou um falso diálogo cuja palavra final já está determinada. é essa a sensação de auto-estar da avaliação, a palavra final sobre você nunca é sua!
Depois dessa mea-culpa, tenho um propósito como balisador dessa atividade: não permitir que o que não enxerguei, o que deixei escapar, o que a ferramenta que utilizei para avaliar não deu conta, não mate no outro, o desejo de crescer.
Reflitam.
Jaqueline Ferraz
Um comentário:
Oi Jaqueline,
Olha eu aqui visitante, observadora e avaliadora do seu blog.
Tenho visitado outras vezes, não apenas o seu mas de todos os colegas. Mas hoje, ao revisitá-lo e ler a sua última postagem sobre os aspectos efetivo-emocionais que envolvem a avaliação da aprendizagem fiquei muito mais tranqüila por perceber que as angústias e inquietações que nos invadem na vivência do processo avaliativo dos blogs são universais ao grupo.
Comungo plenamente com suas idéias, sobretudo com duas assertivas :
1- "o que me escapa é o que não me é sensível aos olhos".
2- “não permitir que o que não enxerguei, o que deixei escapar, o que a ferramenta que utilizei para avaliar não deu conta, não mate no outro, o desejo de crescer.”
Parabéns pelo seu blog.
Sandra
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