quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Avaliação, Subjetividade e Arte


Pausa para um cafezinho:


Que avaliação você faz dessa figura? Que sensações ela lhe transmite? O que quis o artista retratar?

Foto de Diego Tulio Tomaz Gomes

Desdobramento dos temas: um convite a autoria

Vamos abordar nossos temas de forma interdisciplinar?
Luckesi (2000) destaca três elementos no processo de aprendizagem:

dados relevantes,

instrumentos, e

utilização dos instrumentos.



Em que medida as interações entre alunos podem se constituir em campo de avaliação da aprendizagem em EaD?
A partir dessa reflexão, enviei convite aos colegas do mestrado para a construção de um texto coletivo.

Comunicar é partilhar sentido


“Comunicar não é de modo algum transmitir uma mensagem ou receber uma mensagem. Isso é a condição física da comunicação, mas não é comunicação. É certo que para comunicar, é preciso enviar mensagens, mas enviar mensagens não é comunicar.

Comunicar é partilhar sentido”. (Lévy, 1999:147).


Nesta semana, para que os blogs ganhem maior dinâmica e interlocução entre os participantes do Mestrado em EAD, várias ações foram consensadas no grupo:
Os blogs estarão interconectados através do endereço http://www.sistemasabertos.com.br/planeta/ desenvolvido pelo nosso colega Marcelo Akira.
Em bate-papo informal com a prof. Marli Fiorentin, recebemos várias dicas sobre trabalhos através de Blogs. Podemos conhecer um pouco mais sobre o trabalho que ela realiza no seu blog blogosferamarli.blogspot.com ou através de reportagens:
A partir desse bate-papo, conhecemos a ferramenta de escrita colaborativa writely. E através dela que convido o grupo a refletir sobre as interfaces que nossos temas promovem, construindo um texto coletivo. Como diz Levy, comunicar é partilhar sentido.
Quem inicia?



quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Os dizeres, saberes e fazeres da avaliação

Retomando as atividades no Blog, iremos caminhar pelo viés da interdisciplinaridade buscando o desdobramento do tema subjetividade com outros elementos presentes no processo de avaliação.
Assim como fóruns de discussão, os Blogs permitem a interlocução, o repensar de idéias, um espaço para se questionar, refletir, problematizar, abordar temáticas específicas e ampliar o enxergamento destas a partir de opiniões divergentes ou consensuais.
Como instrumento de comunicação assíncrona, a interatividade é mantida pela constante retro-alimentação, pela interação entre os participantes. A construção do conhecimento se dá através de rede de associações, leituras, vivências, depoimentos, argumentações que se constituem em verdadeiros espaços semânticos, onde a linguagem delineia a presença intelectiva, emocional, social e cultural do sujeito.
Por isso, tão necessário quanto o saber e o dizer em avaliação está o fazer. Que é a comunhão da teoria com a prática. Do discurso com a ação.
A partir dessa concepção de uso desse dispositivo, desdobrar-se-á a avaliação da subjetividade. Essa vertente interdisciplinar, permite com que o Blog seja, simultaneamente, singular e plural, pois comportará uma dimensão individual e uma coletiva dos dizeres e saberes que ali não postados.
Vamos as ações!

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Educar é provocar sonhos (Rubens Alves)



Fechando a atividade da semana, deixo esse video para meus colegas do mestrado.
Abraços a todos.

Jaqueline

video de abertura do DVD de Fernando Mielli

terça-feira, 24 de outubro de 2006

De boas intenções, o inferno está cheio


Ou, os aspectos efetivo-emocionais que envolvem a avaliação da aprendizagem

Ou ainda,
Como é bom ser avaliado! Mentira, Freud explica!

Refletir sobre avaliação é um processo árduo, mas não tão duro quanto vivenciá-la, seja como avaliador ou avaliando. Nesse momento, estamos todos assumindo ambos os papéis. Na qualidade de avaliador, queremos ser justo, francos, abertos. Buscamos estipular critérios claros, diálogos franqueados, espaços de interação abertos para avaliados e avaliandos. A Linguagem se delineia compreensiva, amena.

Mas, por que então essa sensação de algo que não podemos controlar que paira no ar?

Como avaliados, queremos mostrar o melhor de nós, da nossa capacidade, do nosso potencial – mesmo que naquele momento, o melhor de nós seja muito pouco frente o que o outro espera. A falha está no blog que não oferece recursos, na falta de tempo, no professor que não explicou direito o que era para fazer, nas justificativas que fogem aos critérios consensados do início da proposta, nunca nas nossas impossibilidades.

Ao falar da subjetividade, quero a partir dessa vivência, dar realce aos aspectos afetivos-emocionais presentes na avaliação.
Quem suscitou essa reflexão foi um visitante anônimo – que se manifesta também via celular – que, usando da mediação semiótica, indagou:

e quanto ao que escapa totalmente das ferramentas e estratégias de avaliação?
Como considerar isso? É preciso considerar isso?


Gostaria de refletir sobre o que foi posto, pois envolve a temática de todos os blogs do grupo.

O que pode escapar a avaliação?
O que as ferramentas avaliativas não dão conta?
Como avaliador, preciso considerar o que escapa?


Refleti muito e cheguei a conclusão de que "o que me escapa é o que não me é sensível aos olhos".

É duro fazer auto-crítica. É desconfortável olhar para nossas falhas. Dessa idéia demanda os títulos desse texto. Uma pequena ação é muitas vezes, muito mais significativa do que as intenções que demonstramos. O par avaliativo se encontra na intersubjetividade dos mesmos. Não há avaliador, nem avaliando, mas um sistema observante.

Muitas vezes as portas para o diálogo estão abertas, mas não nos permitimos passar por ela. Não aceitamos a aproximação do outro. Não nos mostramos para ele. E, assim, mesmo com todo o cenário preparado, o ator não entra em cena e a avaliação vira um monólogo ou um falso diálogo cuja palavra final já está determinada. é essa a sensação de auto-estar da avaliação, a palavra final sobre você nunca é sua!

Depois dessa mea-culpa, tenho um propósito como balisador dessa atividade: não permitir que o que não enxerguei, o que deixei escapar, o que a ferramenta que utilizei para avaliar não deu conta, não mate no outro, o desejo de crescer.

Reflitam.

Jaqueline Ferraz

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Rubrica de avaliação

Na busca por superar dificuldades no processo avaliativo em Ead, algumas ferramentas estão sendo construídas ou adaptadas de forma a tornar cada vez mais apurado essa etapa do processo ensino-aprendizagem.
Qual relação desses dispositivos com a subjetividade? Objeto de reflexão desse blog? Transcrevo aqui a opinião de uma colega do mestrado Jucineide Carvalho, deixada ao visitar o blog:
Querida Jaque, seu tema é essencial
para todos os alunos do mestrado.
Ora, estamos a discutir avaliação que
possui como uma das características
mais marcantes a subjetividade.
Elemento que será, sem dúvida,
analisado por quem estiver investigando
a avaliação de portfólios em EAD,
de fóruns, de MD...de tudo.
Ou seja, seu blog será material de estudo
para todos nós.
Sucesso e abrs,
Jucy
Quando falamos em avaliar, pensamos em como estabelecer valores - seja através de menções ou notas - de forma construtiva, para que a subjetividade comum em qualquer ação do homem se dê em benefício do processo e não como uma viseira que impeça de enxerga o outro em toda sua potencialidade.
As rubricas, apresentadas de forma bem clara no início do processo avaliativo, acompanham o diálogo do professor com o aluno, buscando direcionar o trabalho metacognitivo.
Para conhecer mais sobre as rubricas em avaliação, leiam:
Conhecendo e aplicando rubricas em avaliações